... o que mudaria eu? Há quem diga que não nos podemos arrepender do que fizemos, mas apenas do que não fizemos. Concordo plenamente com a segunda parte, no entanto não posso deixar de me sentir arrependida por certas coisas do passado, coisas estas que se voltasse atrás no tempo não as faria.
Quanto mais falo do assunto, mais ódio guardo dentro de mim. Ódio de mim por o ter permitido, ódio de outrem por o ter feito? Não sei, apenas sei que é triste ver quatro anos que mais valia não terem existido. Não que não houvesse bons momentos (houve e muitos), não que não tenha aprendido (aprendi demasiado), mas hoje penso, olho para trás, olho para mim e a vergonha do que me fizeram é tanta que nem tenho coragem de contar aquelas pessoas que são mais próximas de mim.
A partir do momento em que me sinto envergonhada por algo que me fizeram, envergonhada ao ponto de não ter coragem de confidenciar com quem mais me é querido, então dispensava os beijos, os olhares, todos os sorrisos e a emoção que vivi. Dispensava porque me sinto profundamente desrespeitada, traída... sem esperança nos outros, sem perspectivas de vida e obcecada por um ódio que ainda me consome....
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1 comentário:
Não sintas vergonha e aproveita o que tens. Sei certamente que a vida não é sempre fácil e que por vezes dá cada murro no estômago que quase vomitamos de tanta raiva, mas infelizmente não dá para voltar atrás. E garanto-te, que se o fizesses, embora agora digas que nada mudarias, certamente o farias. É impossível resistir a essa tentação! beijos.
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